NO BRAÇO, NO ESCURO...

Guarda essa chuva pra depois
não quero um pingo do futuro
se isso me afasta de nós dois

basta agora você no escuro
eu nos seus braços no compasso
eu no seu abraço eu me curo

vento de verde vida e espaço
eu faço promessas, eu juro
me viro inteiro, vou no encalço

eis aqui eu no que sou e desfaço
se antes já foi do não vivido
não chora meu peito adormecido

o ontem é poeira, e amanhã brisa
deixo o tempo que vem perdido
a queda eterna se improvisa

mas se você for não me avisa


Autor Convidado: Guerá Fernandes

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